Meu equilíbrio entre a dor lancinante e os dias em que consigo respirar? Meu equilíbrio entre a ignorância e a agudez de felicidade? Meu equilíbrio entre Nietzsche e Caio Fernando? Meus dias de Clarice? Minha vida angustiada? Meu luto? Minhas lágrimas? Meu vazio.
As vezes sinto que meu equilíbrio não existe mais, todos os meu dias encharcados de uma surpresa que não quero ter, 'será que hoje eu choro?'.
Antes tinha uma surpresa que já nem era mais surpresa, porque eu já ia correndo na frente para poder beber antes de ser oferecida a mim. Hoje a surpresa do dia me acua como o medo de cachorro bravo. A surpresa do dia me dói lá no fundo, e me deixa frágil, criança.
Ele é meu equilíbrio? Algumas vezes sim, e algumas vezes é só uma parte doída de mim, aquela que falta, que não me diz, não me olha e nem me toca. Meu equilíbrio entre meu mundo de falta e a vida real. Meu equilíbrio entre as possibilidades e o abraço. Entre dias Clarice e Caio. Entre dias de vida e de tão desejada morte.
Que já foi o motivo de minhas mortes simbólicas, é meu luto tão odiado, é minha nova dor, minha eterna cicatriz, minha sempre felicidade de última hora.
Não admito nada aquém do que já tive.
Enquanto isso tento respirar 3 vezes por semana, 1 dia de conversa instituída, 1 dia na terapia, divido um fardo com os amigos e me torturo como sempre.
As vezes sinto que meu equilíbrio não existe mais, todos os meu dias encharcados de uma surpresa que não quero ter, 'será que hoje eu choro?'.
Antes tinha uma surpresa que já nem era mais surpresa, porque eu já ia correndo na frente para poder beber antes de ser oferecida a mim. Hoje a surpresa do dia me acua como o medo de cachorro bravo. A surpresa do dia me dói lá no fundo, e me deixa frágil, criança.
Ele é meu equilíbrio? Algumas vezes sim, e algumas vezes é só uma parte doída de mim, aquela que falta, que não me diz, não me olha e nem me toca. Meu equilíbrio entre meu mundo de falta e a vida real. Meu equilíbrio entre as possibilidades e o abraço. Entre dias Clarice e Caio. Entre dias de vida e de tão desejada morte.
Que já foi o motivo de minhas mortes simbólicas, é meu luto tão odiado, é minha nova dor, minha eterna cicatriz, minha sempre felicidade de última hora.
Não admito nada aquém do que já tive.
Enquanto isso tento respirar 3 vezes por semana, 1 dia de conversa instituída, 1 dia na terapia, divido um fardo com os amigos e me torturo como sempre.