quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Meu deus, que doença é essa, que reduz todos os meus problemas, minhas lágrimas, minhas gripes, dores de cabeça? Todas as minhas viagens são pra curar um mal que não sei de onde vem, todas as minhas leituras se transformam em auto ajuda, todos os filmes são escolhidos inconscientemente por uma história semelhante, as músicas se repetem, se repetem, se repetem, como os dias e as novelas. Esperar o quê? Um sim? Um pedido de desculpas? Um sorriso? Um buquê de flores? Uma ligação? Vai acontecer algum dia? Vou receber todas as ligações com que sonhei? Vou poder segurar aquela mão de novo? Será que é isso mesmo que eu quero? Será que é isso pelo que eu devo esperar?
Talvez me afastar seja a decisão mais sensata, apesar de odiar a insensatez o bom gosto e os bons modos e mais ainda, o bom senso, como diria aquela velha música. Eu odeio esperar sua ligação, sua manifestação, seu sinal de fumaça, sua bandeira branca, seu beijo de longe, sua mensagem, sua palavra de carinho, você de volta.
Não consigo pensar outra forma de me comunicar com você, não sei se ainda tem birra ou medo daqui, mas se ainda conseguir se interessar pela minha voz, pelo menos continue lendo-me.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Querer.

Queria tanto pegar sua mão, te envolver num abraço que tire sua dor por algum momento, rever cada parte do seu rosto e ter certeza que as lágrimas não o corroeram. Olhar seu peito e ter certeza que seu coração ainda bate, que seu pulmão ainda respira. Quero rever seus olhos que tomara não estejam tão molhados como antes, te abraçar de surpresa no colchão da sala pra te dar ao menos, um sonho bom. Quero ver a parede colorida, como seus sorrisos foram um dia. Brigar pelo cantinho da parede, ter a certeza de um carinho bom, abrir os olhos no meio da noite e ter certeza de você na sua silhueta. Ouvir todos meus apelidos saindo tão doces da sua boca. Ir ao mercado e não comprar nada, ir só pra passear de mãos dadas, felizes assim, de sermos em dois o que não somos num só. Saudade do seu cheiro que é só seu, e meu. Se respiro bem fundo um pedaço de saudade é preenchida no meu peito. Como eu queria arrancar sua dor, seus sonhos ruins, a falta de sincronia e de azul dos seus dias.
Não preciso de definições, preciso de um sim, uma mão bem agarrada a minha e outras promessas de lealdade.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O que você não fez.

Cansada de te ver fugindo de mim com medo de amar. Cansei dessa maldita mania de doer no que é bonito, e não merece a dor. Cansei dos três segundos de aparições. Cansei do nada, da falta de resposta, de vergonha, de presença, de amor, de alma, vísceras e corpo. Me quero de volta, tenho saudade de mim, do meu sorriso bonito, da mão gelada, do Floyd alegre, do Grave suave, do escuro. A dor se transformou em velha, enrugada, enrustida e incrustada, não é dor de menina, é choro doído, que não arde. Meus vinte anos não merecem nada que não arda. Nem dor.
Cansei do seu nada.
Do campo sem vento, flor ou gente em que você soltou minha mão.