segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sobre janelas e decisões.

Hoje pensei em faltas. Minha dor me faz falta, de alguma forma ela preenchia meus dias de intensidade, triste, mas intensidade. Pra quem tinha felicidade, qualquer coisa serve quando se perde ela pelo caminho. Hoje, aqueles dias que me pareceram tão vazios se encheram de algo que não sei explicar, e senti falta. Depois de chorar tanto, reclamar mais ainda, sentir falta da dor é incompreensível não? Pois é. Não sei se fiz a escolha certa, se aguento um não-sorriso, se pulo de felicidade ou da janela diante de esperanças de qualquer natureza, é, não sei. Nunca gostei de perder o controle da minha vida, quando se é triste o controle é mais óbvio. Ta aí, sou óbvia demais pra acreditar em destino, mas quando não se tem certeza de dor, nem de alegria, o destino parece uma boa opção. Ou a única delas. E sobre meu vagar entre dor e alegria, vai bem, obrigada.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

My stairway to heaven

Aos 5 minutos e 33 segundos, entro no pôr do sol Tamboril, caminho branca e vento no chão raiz. Continuo caminhando nas minhas risadas, no meu conforto infantil e alegre de vô. Só quem arde ao coração, o sol morrendo suave, pra entrar a felicidade. Aos 6:03 os olhares se cruzam tão sutil e espontaneamente apaixonados como da primeira vez, como nunca deveriam deixar de ser. Aos 6:13 a certeza de sorrir certo. E subo. Na minha escada pro paraíso.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O quarto mágico

Há muito queria escrever sobre ele, e como é incrível o que ele faz em mim. Ainda me lembro do primeiro dia em que fui lá, e de como era cheio de tudo que eu queria. Mágico porque me faz esquecer da vida, às vezes dolorida, corrida, ralada, esquecer o hábito, as manias, a rotina. Mágico porque só existem duas pessoas, um amor que pula a janela, um silêncio lotado de tanta poesia que não cabe nada mais dentro dele. Os olhos fixos nos olhos além, além do que eu posso entender, quem me dera explicar. Mãos tão familiares, preocupações tão simples ou nulas, imagens que falam por si e por ele. São sua extensão, de dor ou felicidade. Muitas vezes quis estar lá, pra sentir o que não sinto em nenhum outro lugar do meu mundo, quis todos aquele objetos, abraçados pelo azul dos sorrisos e das risadas, pela sensação fresca de felicidade. Um dia ele não vai mais existir, mas o que o torna mágico, sabemos bem o que é.