Ele é, e sempre foi um mistério pra mim, desde os óculos e a bateria imaginária as sete da manhã, até a amargura tão profunda que dói até, e principalmente nos outros. Daquele sorriso, até a prolixidade triste daquela noite, dos olhos doídos até as mãos carinhosas. Nunca sei se ele viveu cinco ou quinhentos anos, se ele sabe de tudo ou não sabe de nada. Isso confundiu minhas 4 pessoas de Pessoa. Será que ele volta? Uma pergunta melhor, será que eu volto? Escorri lentamente pelas mãos bonitas e frias, derreti dos olhos doídos até derramar em mim e na minha dor e gritar ela pro mundo e abafar com coisas banais. Tem que doer! Não aprendi até hoje?! Não. Meu amor é bobo, é fraco. Cogita nascer em outro canto, vai ser mais saudável, vai ser mais feliz, vai ser mais suave, mais suave que essa vida toda. Mas ela ainda espera aquela mão fria, bonita e tão familiar se estender por livre e espontânea vontade e agarrar com a mesma força de antes, acompanhado daquele abraço que eu peço com os olhos há tanto.
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