Covardia foi a palavra que me assustou essa tarde. Será que estou sendo covarde? Por não falar o que me incomoda, por não escolher o que me agrada, por não conseguir dizer 'não'? Sempre odiei essa palavra, sempre odiei covardes, talvez porque era cheia de mim e escolhia sem pensar muito, as outras opções simplesmente não existiam. Sinto que às vezes derreto, em mim, sinto que escorro até terminar numa letargia insuportável. Não tenho mais voz, meus olhares são lentos, minhas mãos infantis, minhas pernas escapam, o coração apertado e descompassado e uma cabeça com vontade própria, mandando em mim. Muitas vezes acho que o que chamo de destruição foi apenas uma desconstrução, aprendo a ler todos os dias, descubro como é gostar de tomar banho, me surpreendo com meus passos, mexo os braços e entendo que eles servem pro equilíbrio. Já sei como é não saber que existo, agora estou aprendendo a respirar, e no meio disso? Deve ter sido sonho. Não precisava acordar, vida é pra viver sem medo. Medo não é humano, na verdade é humano demais pra quem nunca quis descer do céu.
arrepiei fala sério! até parece que falou de mim! que isso!
ResponderExcluirque isso Dorinha, demais...
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