"Não fale", "não pressione", "não force", "não mande essa mensagem", "não envie esse e-mail", "pare de chorar assim!", "pare de sofrer!", "larga de histeria!", "olhe pelo outro lado", "não se manifeste", "não reclame", "não lembre!", "tem certeza que a situação merece esse circo todo?", "pare de gritar!", "ficou louca?".
Fiquei. Enlouquecida. Esqueci de me ouvir ouvindo tanto os outros, esqueci como eu reagiria em uma situação por não ter chão, e aí as pessoas se apossaram dele. Não por falta de ajuda minha, nem por descuido, elas simplesmente montaram a barraca no meu terreno, eu deixei. E os inúmeros palpites, sugestões, se tornaram ações, que não eram minhas. Eu não pensaria daquele jeito, não agiria assim.
Preciso me libertar dessas milhões de vozes que não são minhas, desses planos de vida que não são meus, desses olhares que eu adotei, preciso aposentar os sorrisos amarelos, a Isadora pela metade, os amigos não tão amigos, as coisas que nunca tive vontade fazer. Preciso aposentar uma cabeça doente, um coração ralado, um estômago machucado, um pulmão velho, olhos molhados, mãos nervosas, pernas inquietas, todo o suor e o nó da garganta.
Não gosto de quem eu me tornei.
Posso falar uma coisa só? FODA!
ResponderExcluir~Rê.
;)
ResponderExcluirtorso sempre para que voce seja essa Isadora que voce tanto gosta, e que eu possa compartilhar sempre dessa alegria.
ResponderExcluirbeijos proce.
"Do It
ResponderExcluirTá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...
Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta..."
Lenine