Me pergunto se sinto ainda algum tipo de dor e me respondo que não. Me afirmo cansaços extremos, sonos de menos, rotina de mais, a que tanto odeio e a que de tanto dependo. Quartas se tornaram sábado, meio dia já não era o meio do dia, perdi o medo do meu escuro, perdi o medo de mortes diárias. Minhas atividades se resumem a enfeitar o hábito, esperar a mágica, enfrentar todas as resurreições e beber qualquer tipo de beleza em meio ao caos que tornei minha vida. Mato o tempo em horas iguais e tento acreditar que existe o deus das horas certas morando na minha orelha esquerda e sapateando a cada hora igual. 
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