Tudo fazia parte: seus cigarros, seus óculos escuros e a bateria imaginária tocada nas escadas às 7 da manhã.
E o mistério que me deixava intrigada.
Certa vez perguntei de seus óculos, respondeu com uma piadinha.
Noutra ele perguntou sobre Clarice, respondi com coração apertado.
E sumiu.
Depois, seu bigode engraçado me fez vê-lo de novo. Ficou estranhamente feliz, nunca tinha o visto assim antes.
Eu existindo.
E engolindo felicidade, guardei a informação.
Fui feliz naquele sábado.
A aposta me garantiu um beijo na frente da família.
A promessa de uma banda me deu promessas de felicidade azul.
Eu era dele antes que eu pudesse perceber.
Meus olhos eram dele.
Minha poesia era dele.
As circunstâncias não me levaram a ser dele, eu escolhi. Eu quis, como se precisasse respirar seu azul.
Ele me amava, me respeitava com aqueles olhos lindos.
Chorar de felicidade é maravilhoso.
E ver que é tudo verdade dá medo.
Mas tive poucos medos, quase nenhuma dúvida, milhares de sorrisos.
"Olá namorada".
Não precisaríamos de definições, era muito grande para caber dentro de uma.
É muito grande para caber dentro da gente.
É delicado.
É nosso e de mais ninguém.
Pernambuco, cortinas brancas, Blues, fotografias, ovos mexidos, suco de laranja, uma moto, o fusquinha, Francisco e nada mais.
Ninguém me tira isso.
Ele me faz mulher.
E a mais feliz desse mundo.
Não consigo não comentar! Lindo! Você tá falando dos sentimentos de toda mulher, na sua particularidade, é claro!
ResponderExcluirLindo!