Me dói muito ver aquela tristeza tão concretada nele, sempre molhado de uma noite desesperadora. Me dói o festival mental de 'poderia ter sido assim se...'. Me dói imensamente o fato de não poder dividir, de não ter o direito de amar, de não ter o direito de pegar o que é meu.
Num dia de sol, as justificativas de vida fazem sentido, num dia cansado de viver, todo mundo tem o direito de não sentir. E eu me dei esse direito por algumas horas, e ele se arrastou por uma eternidade, abafando o pouquinho de felicidade que eu consegui numa infinidade de tempo.
Cheguei no limite, de mim.
Já não respondo aos meus gritos, já não me comovo com as minhas lágrimas, já não me defendo dos meus tapas. As vezes me perco de tudo e não sei onde ficar ou pra onde ir, com quem falar, só tenho os meus olhos perdidos no deserto, aquele meu, as vezes compartilhado.
Ver o amor foi o pior e o melhor dos meus fantasmas, a mão que afaga é a mesma que bate. Um dia eu volto pra buscar o que é meu.
Quando eu voltar de Paris.
Que esteja lá.
é preciso ir até Paris pra voltar sempre iluminada...
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