Quis todas elas amarradas por um laço por tantos anos, por todos dias, por cada sorriso, pelo amor inteiro. Quis todas elas talvez para que eu pudesse olhá-las e tentar me igualar, pela delicadeza que sempre invejei, pela pequena, mas sublime duração de seus dias. Pelo colorido, pelo abre-fecha de pétalas, pelo alimento, pela sutileza do presente. Vieram. Lindas, porém tarde. A tristeza por terem chegado tão tarde se igualou ao quanto eram bonitas, a dor de olhar se parece com a dor de reler meus antigos rascunhos, o lugar que fica é equivalente àquele que é ocupado no meu coração. Não as querer é pecado, não as sentir é consequência e direito de quem ganha. Ainda assim não me pediu pra ficar. Agora o vento é meu.
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