quinta-feira, 28 de abril de 2011

Aquele depois dos 21.

Quis todas elas amarradas por um laço por tantos anos, por todos dias, por cada sorriso, pelo amor inteiro. Quis todas elas talvez para que eu pudesse olhá-las e tentar me igualar, pela delicadeza que sempre invejei, pela pequena, mas sublime duração de seus dias. Pelo colorido, pelo abre-fecha de pétalas, pelo alimento, pela sutileza do presente. Vieram. Lindas, porém tarde. A tristeza por terem chegado tão tarde se igualou ao quanto eram bonitas, a dor de olhar se parece com a dor de reler meus antigos rascunhos, o lugar que fica é equivalente àquele que é ocupado no meu coração. Não as querer é pecado, não as sentir é consequência e direito de quem ganha. Ainda assim não me pediu pra ficar. Agora o vento é meu.

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