segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desses que eu preciso escrever.

Hoje eu precisava ver o mar, tão grande quanto qualquer coisa que mora hoje em mim. A tristeza e a felicidade se misturam num ritmo que não consigo acompanhar, talvez nem queira. Soltei os braços, as pernas, fechei os olhos e deixei que o vento me levasse, as vezes me sopra pro pior dos lugares, as vezes pro melhor deles, outras pro melhor dos meus sonhos, outras pro meu vazio agudo e acima de tudo, tristíssimo. Talvez seja isso que me falte, que sempre me faltou, deixar com que a vida vá sem que eu tenha que meter. O sopro da velha vida azul e confortável me sopra com ares tão tristes como nunca pensei que poderiam ser, a mesma sintonia, o velho machucado. Hoje me entendo com a dor do tamanho do mar, amanhã com o mar, do tamanho de mim.

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