Depois do desinteresse forçado às nossas vidas distantes, te escrevo com um interesse sincero de vidas comuns. Cuido de você dentro de mim, delicado como se foi, como deverá sempre ser. Um acordo comum selado pelo silêncio entendido pelas duas partes. Te cuido com tanto cuidado como daquelas flores de maio, não te deixo arranhar apesar de sempre se repetir como tudo o que é arranhado, não te deixo bater em quinas apesar de ter perdido tantas minhas por aí, não te deixo morrer apesar de ter morrido tantas vezes e tão dolorosamente. Espero tudo, de tantas vezes, de tanto tudo, hipocrisia dizer que não. Mas o meu pior medo, o de não estremecer diante de você, me vi curada, talvez por te amar tanto de todas as formas que consegui. Tive tanto medo de te olhar dentro dos olhos, precisei de trinta segundos pra contar a você a minha vida, o resto era dispensável, você tinha entendido. Atrás da rebeldia de vida, de valores, relações e prudências me vi mais uma vez numa ânsia única e simples, beber todo amor que houver nessa vida. Tecnicamente precisaria de você, concretamente te tenho, em mim.
Quieto.
Como nossos desertos comuns.
sempre fantástica
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