mais uma vez minha única fuga a mais uma perda é esse pedaço de papel que não existe, ironicamente feito pra ninguém ler. amor é minha fuga, quando o tenho, não escrevo, não sei. me recriminem. ainda não sei escrever felicidade e abundância. talvez um dia aprenda. versos soltos, soltos como eu quando feliz. versos pontuados, duros, secos, com minúsculas renitentes em seus espaços indevidos, eu, triste assim.
perdi. mais um pedaço de mim.
um pedaço que não via há tanto, que me sorriu todos os dias e entristeceu-se nos últimos. eu sei, já entendi, a mágica não mora lá, mas seria capaz de derrubar as casas ao lado e fazer um jardim, uma porta no lugar da janela, dois corações novos, o mesmo cheiro de dois e morar lá quietinha pro resto da vida, esse foi meu primeiro desejo sincero. ao lembrar de tudo, sinto tanto, tão latente, tão pulsante e vivo que não consigo escrever, pela segunda vez. a minha própria ironia de só conseguir escrever o que é triste.
pegue aquilo que não sabemos o nome e que se misturou aos nossos sorrisos e leve com você. não esqueça nada. não me esqueça lá. prometa-me calado (sabes que ouço).
aí então voe daí. eu vôo daqui. sempre nos (re) encontramos no céu não é mesmo?
já dizia Adélia que tudo que o coração ama, fica eterno. Você não perdeu o quarto, só se tornou mágico porque és parte dele.
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