chega de 2011 pra mim, chega dessa angústia calada, chega de doer apertado, chega de esperar.
tá na hora de voltar.
voltar a ser mais pluma, voltar a ter menos olheira, voltar a sorrir mais, voltar a odiar os cantos amargurados.
chega de aperto, chega de sangrar por aí.
acho que ainda sei sorrir doce, acho que ainda sei voar, acho que ainda sei a poesia de pernas em nó.
me endureci pela dor de perder, esqueci como é a alegria de ganhar.
tá na hora de ganhar.
sol no corpo, seus dedos no meu cabelo, sua voz de bom dia, meus shorts na esquina, o copo na minha mesa, meus sábados de volta.
nesse dia tão normal, que até o que me aperta é o mesmo, desejo que não aperte mais.
que o ano que me assalta de normalidade, seja o ano que me assalta de felicidade.