hoje consigo sentir um mínimo de calor, hoje consigo soprar a nuvem que pairou em mim naquele novembro tão escuro, hoje Caetano por detrás dessa porta me soprou ares de uma volta fresca. hoje as borboletas passaram do estômago pra coração arrastando suas asas em cócegas delicadas, hoje eu mudei as finanças, as preferências, os roteiros. hoje eu mudei de curso, de paixão.
hoje eu quis ser pluma, deixar de ser pedra, cortei as cinco que se faziam de dedos meus.
hoje quero em mim o que é mim tão desigual.
assim, como uma bruta flor de querências caetanizadas pela saudade.
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